CLARA DE ASSIS

CLARA DE ASSIS
Devemos viver e promover a sensibilidade ecumênica promovendo a fraternidade com os irmãos que pensam ou vivem a fé cristã de um modo diferente. Mas isso não significa abrir mão de nossa catolicidade. Quando celebramos a Eucaristia seguimos à risca o mandato do Mestre que disse: “Fazei isso em memória de mim!” A falta da Eucaristia deixa uma grande lacuna em algumas Igrejas. Um pastor evangélico, certa vez, me disse que gostaria de rezar a ave-maria, mas por ser evangélico não conseguia. Perguntei por quê? Ele disse que se sentia incomodado toda vez que lia o Magnificat em que Maria proclama: “Todas as gerações me chamarão de bendita” (Lc 1,48)… e se questionava o por quê sua geração tão evangélica não faz parte desta geração que proclama bem-aventurada a Mãe do Salvador! Realmente, ser católico é ser totalmente cristão!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012


“Alguns pastores estavam no campo guardando o rebanho. Eis que um anjo aparece a eles e a glória do Senhor os cercou de luz, e eles se encheram de grande temor. O anjo porem, lhes disse : “ Não  temais , pois trago uma noticia de grande alegria para todo o povo: hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é o Cristo, Senhor”      (Lucas 2, 8-12 )


                Jesus Cristo é o Senhor

Eu não tenho dúvidas de que o nascimento de Jesus  Cristo  é o maior e mais importante acontecimento da história da humanidade. Não só divide a história em Antes e Depois de Cristo, como muda completamente a vida de todos os que acreditam Nele.     

      Seu nascimento foi narrado  por Lucas, mas profetizado por  Isaias no  antigo Testamento : “  O próprio Senhor  vos Dará um sinal: uma virgem concebera e dará a luz um filho, e o chamará Emanuel, Deus conosco “  ( 7, 14 ).  Isaias é conhecido como “ profeta messiânico”  por causa de suas profecias  que se cumprem  com a vida de Jesus  Cristo. O mais interessante  é que as profecias de Isaias foram escritas cerca de 700 anos  antes do nascimento  de Jesus , o que comprova que a Bíblia foi escrita por homens  inspirados  por Deus .

       O Natal de Nosso  Senhor  Jesus Cristo é o momento de celebrar   a presença de Deus no meio de nós,  o Emanuel  Deus conosco.   Infelizmente , a sociedade atual “ tomou posse “ do Natal e o transformou num evento financeiro, lucrativo: um período de  falsa alegria para muitos  que se esqueceram ou  que não sabem que Jesus  Cristo é o Senhor . Ele quer reinar em sua vida e ser o Senhor da sua história . Ele quer estar presente nas suas alegrias e tristezas, vitórias e derrotas , na saúde e na doença.

      Então, deixe Jesus  nascer  na manjedoura do seu  coração, mais uma  vez, neste  Natal, e transformar a sua história. Não tenha medo de se entregar a Ele e deixar que Ele seja o seu Senhor.

                  Tenha um santo e feliz Natal!      

segunda-feira, 1 de outubro de 2012


OUTUBRO: MÊS DO ROSÁRIO


 OUTUBRO MÊS DO ROSÁRIO
HISTÓRIA
A prática da oração do Rosário remonta, em sua forma primitiva, há muitos séculos. Mas foi com São Domingos que esta oração se expandiu muito. São Domingos vivia muito preocupado com a heresia marcante do século XIII: Albigenses e Valdenses. Ao entrar numa Igreja, cansado de pregar e nada alcançar, São Domingos chorou aos pés de uma imagem de Nossa Senhora, e a Virgem lhe apareceu dando-lhe a arma de sua vitória: O SANTO ROSÁRIO.
“Quando uma pessoa chega a conclusão que é impotente e não pode nada, é então a hora da graça.” (Madre Maria Helena Cavalcanti)
“O ROSÁRIO É...
...UMA CRUZADA DE FÉ.”
... “7 DE OUTUBRO – FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Esta comemoração foi instituída por São Pio V no aniversário da vitória obtida pelos cristãos na batalha naval de Lepanto e atribuída ao auxílio da Santa Mãe de Deus, invocada com a oração de Rosário (1571). A celebração deste dia é um convite a todos os fiéis para que meditem os Mistérios de Cristo, em companhia da Virgem Maria, que foi associada de modo muito especial à Encarnação, Paixão e Ressurreição do Filho de Deus”(Liturgia das Horas - Volume IV página 1353).
... 1917 - FÁTIMA – PORTUGAL 
Nossa Senhora aparece a 3 pastorinhos: Lucia, Jacinta e Francisco . A Virgem pede a eles oração e penitência. Nossa Senhora como Mãe solícita está sempre lembrando as Palavras de Seu Divino Filho.
“O Rosário é um resumo do Evangelho”(Lacordaire).
É também “uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade e, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica.”
... ORAÇÃO PELA PAZ
O Rosário é por natureza, uma oração orientada para a paz, precisamente porque consiste na contemplação de Cristo, Príncipe da Paz e “nossa Paz”(Ef 2,14). Quem assimila o Mistério de Cristo aprende o segredo da Paz e dele faz um projeto de vida.
... ORAÇÃO DA FAMÍLIA E PELA FAMÍLIA
“A família que reza unida permanece unida”. O Rosário é a oração onde a família se encontra.
“É bom e frutuoso também confiar a esta oração o itinerário de crescimento dos filhos.”
Rezar pelos filhos e com os filhos - momento diário de “paragem orante” da família.
UMA INSERÇÃO OPORTUNA
Depois de recordar a encarnação e a vida oculta de Cristo (Mistérios da Alegria), e antes de se deter nos sofrimentos da paixão (Mistérios da Dor), e no triunfo da Ressurreição (Mistérios da Glória), a meditação se concentre em alguns momentos particularmente significativos da vida Pública de Jesus (Mistérios da Luz).
OS MISTÉRIOS 
§ MISTÉRIOS DA ALEGRIA - fixar o olhar sobre a realidade concreta do Mistério da Encarnação e sobre o obscuro prenúncio do Mistério do Sofrimento Salvífico. 
§ MISTÉRIOS DA LUZ – “ Eu sou a Luz do Mundo” (Jo 8,12). Esta dimensão emerge particularmente nos anos da vida pública quando Ele anuncia o Reino. 
§ MISTÉRIOS DA DOR – o Rosário escolhe alguns momentos da Paixão, induzindo o orante a fixar neles o olhar do coração e a revivê-los. 
§ MISTÉRIOS DA GLÓRIA - contemplando o Ressuscitado, o cristão descobre novamente as razões da própria fé. (cf 1Cor 15,14). 
§
ROSÁRIO 
Ø CORPO :
o Pai Nosso – Jesus quer introduzir-nos na intimidade do Pai. Jesus leva-nos sempre até o Pai
o Ave-Maria – contemplação adoradora que se realiza na Virgem de Nazaré. É o cumprimento da profecia de Maria Santíssima: “Desde agora todas as gerações hão de chamar-me de bendita,” (Lc 1,48). o Glória – apogeu da contemplação. Cristo é o Caminho que nos conduz ao Pai no Espírito.
Ø ALMA : Meditação dos Mistérios; meditemos os mistérios que o Rosário contém para que alcancemos o que eles prometem. As palavras orientam a imaginação e o espírito para aquele episódio ou momento concreto da vida de Cristo.
PODE O ROSÁRIO HOJE SER REZADO PELA JUVENTUDE?
O que é realmente bom é sempre antigo e sempre novo. Se o Rosário é o resumo do Evangelho e o Evangelho é para todos os tempos, então o Rosário é para todos os tempos.
Uma oração tão fácil e ao mesmo tempo tão rica merece ser descoberta de novo pela comunidade cristã.
José Luiz

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Uma  continua EFUSÃO do espírito

Tomás de Aquino, em sua “Teologia das Missões “ nos ensina que “a cada nova missão , a cada nova vocação , deve corresponder uma nova efusão do Espírito” Qual seja, necessitamos que o Espírito Santo, continuamente, promova uma atualização da graça em nós com vista a nos capacitar para alcançarmos aquilo a que Deus nos tem destinado em nossa caminhada rumo á santidade. O nosso “Pentecostes pessoal” – o nosso batismo – não esgotou as possibilidades que o Espírito  tem para conosco. Na sua Carta aos Efésios , Paulo recomenda a eles – que já “são cristão e crêem em Jesus Cristo” (1,1), que já foram “selados com o Espírito que fora prometido “ (1,13), que já” foram salvos”  (2,5) , e que são “concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (2,19) ..... que “ procurem estar repletos do Espírito “ ( cap.5,18b, na tradução usada por João Paulo ll no n. 72 da Exortação Apostólica Catechesi Tradendae ), E a eles mesmos – no capítulo 4, versículo 30 - , Paulo recomenda “ Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da redenção “ Ou seja, o nosso pecado, a nossa indiferença, a nossa tibieza, podem contristar e também “apagar” (cf. 1Ts 5, 19) o Espírito Santo já recebido. Podemos resistir a Ele (cf.At 7,51 ).....Não sem propósito, pois, nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, em seu num 667: “ Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo”
      Diz Raniero Cantalamessa que  “ Jesus ressuscitado não batiza no Espírito Santo unicamente no sacramento do batismo , mas, de modo diverso, também em outros momentos : na Eucaristia , na escuta da Palavra e, em geral, em todos os ‘meios da graça’” ( A poderosa unção do Espírito Santo,  Ed. Raboni, p.47a 49 ) . Em suma, é importante sabermos que, para o crescimento na vida da graça, não basta simplesmente  dizermos  : “ eu já tenho o Espírito Santo “ Não é suficiente já  O  termos recebidos: é preciso que isto transpareça em nossas vidas. E que procuremos – oferecendo- Lhe crescentes espaços de santidade em nossas vidas – tê-Lo de um modo cada vez mais abundante. E não só Tê-lo , mas pertencer a Ele, deixando-nos por Ele sermos possuídos e dirigidos, como nos ensina Paulo Vl  na Exortação Apostólica Evangelii  Nuntiandi , num 75: “Ele é aquele que, hoje ainda, como nos inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por Ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam a fim de a tornar aberta e acolhedora para a Boa Nova e para o reino anunciado”. Os últimos tempos, que estamos vivendo , são os tempos da efusão do Espírito Santo. Trava-se pois, por conseguinte , um combate decisivo entre “a carne “ e o “Espírito “  (CIC 2819 ) . Coloquemo-nos, pois, hoje, sob a proteção da oração de João Paulo ll a favor dos leigos, que diz: “ Ó Virgem Santíssima, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja ...  Tu que estivestes no Cenáculo, com os Apóstolos em oração, á espera da vinda do Espírito de Pentecostes, invoca a Sua renovada efusão sobre todos os fieis leigos, homens e mulheres, para que correspondam plenamente á sua vocação e missão , como vides da “ verdadeira videira”chamados a dar “muito fruto” para a vida do mundo”

JLNEPO   

domingo, 26 de agosto de 2012

 Amor
Nada nos pode separar do amor de Deus. A Bíblia diz em Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
O amor de Deus é um amor de sacrifício. A Bíblia diz em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
O amor de Deus dura para sempre. A Bíblia diz em Salmos 136:1 “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.”
Como a Bíblia descreve o amor? A Bíblia diz em 1 Coríntios 13:4-7 “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
A Bíblia diz que devemos amar-nos uns aos outros. A Bíblia diz em 1 João 2:7-8 “Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, de vos ameis uns aos outros, o qual é verdadeiro nele e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz.
O amor não é só para amigos. A Bíblia diz em Mateus 5:43, 44 “Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem.”
O amor é o resumo da lei de Deus. A Bíblia diz em Mateus 22:37-40 “Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Podemos mostrar o nosso amor a Deus guardando os Seus mandamentos. A Bíblia diz em 1 João 5:3 “Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos.”
Não deixe que o seu amor por Deus se enfraqueça. A Bíblia diz em Apocalipse 2:4-5 “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.”

José Luiz - Santa Clara de Assis Coqueiral de Itaparica v v 
ES

terça-feira, 24 de julho de 2012

         800 anos da ordem de Santa Clara de Assis





Add caption


Clara Favarone de Ofreducio nasceu em Assis – Itália. Seus pais se chamavam Favarone e Hortolana e suas irmãs Catarina e Beatriz. Aos dezoito de março de 1212 com dezoito anos de idade Clara de coração fervoroso abandonou casa, cidade e familiares, e foi acolhida por São Francisco e os frades na Capela de Santa Maria da Porciúncula berço da Ordem franciscana, dando início à Ordem das Irmãs Pobres (Clarissas) em 1212.
“Na legenda de Santa Clara, atribuída por muitos a Frei Tomás de Celano, o autor reconta como a virgem “abandonou casa, cidade e parentes” concedeu ao mundo a carta de repúdio e depois que tomou as insígnias da santa penitência... desposou-se a Cristo. Seguindo as ordens de São Francisco, esperava uma disposição da vontade divina sobre o local definitivo de sua nova vida. O conselho de São Francisco a guiou enfim à Igreja de São Damião. O biógrafo comenta este fato dizendo que em ‘São Damião’ fixou a âncora do seu espírito como um porto seguro. E não esquece de falar da história precedente. “É esta a famosa Igreja á qual restaurou são Francisco afadigando-se com zelo admirável e a cujo sacerdote tinha oferecido dinheiro para repará-la.” É a Igreja na qual, enquanto Francisco rezava, uma voz descida do lenho da cruz ressoou assim: “ Vai Francisco, e repara a minha Igreja que como vês esta em ruínas.” Não resta dúvida que o biográfo acentua na mudança definitiva de Santa Clara a São Damião uma disposição divina de uma vida nova. O local torna-se assim uma interpretação da missão de Santa Clara e de suas filhas para todos os séculos. A primeira resposta de São Francisco ao mandato do Crucificado: “ Vai e repara a minha Igreja” fora a pedra e o dinheiro. Mas a Igreja do Senhor é uma casa viva construída pelo Espírito Santo com pedras vivas. A resposta, segunda e definitiva, vem da misericórdia divina, vem da iniciativa pessoal do Espírito Santo: A resposta é esta jovem senhora, que desejava “fazer de seu corpo um templo só para Deus.” A casa de Deus torna-se construída pelo amor sem reservas de uma vida penetrada do Evangelho. Certamente a primeira Ordem em cujo o escopo existencial foi e é uma evangelização não só com palavras mas com uma vida realmente evangélica, era o grande sinal de São Francisco ao pedido de vinde e vede da cruz: “ Vai” e repara a Igreja que esta em ruínas. Porém, sem o sinal da vida de Santa Clara, faltava qualquer coisa de essêncial. Poderia-se entretanto pensar que a própria atividade humana, o radicalismo da vida evangélica e a força da nova pregação teria podido por si só reparar a Igreja: não é assim. Não é sem um significado profundo que Santa Clara é chamada a São Damião. A chama do Evangelho é nutrida pela chama da caridade; a caridade silenciosa, humilde, paciente, privada de esplendor e de sucessos externos; a caridade que não entende fazer qualquer coisa por si, mas deixa fazer o outro, o Senhor; a caridade que se abre sem medo e sem reservas a Seu operar e é condição de toda a evangelização. Esta caridade é o ponto de partida de onde se entrelaçam o espírito humano espírito divino que é amor.( Cardeal Joseph Ratzinger, 21 de Maio de 1989)
De 1212 até a sua morte aos sessenta anos de idade no dia 11 de agosto de 1253 Clara fez de sua vida um hino de louvor ao Senhor e restituiu multiplicado o talento recebido amando “Aquele que totalmente se deu por seu amor”. As últimas palavras que Clara disse antes de sua morte são uma síntese de toda a sua caminhada espiritual: “Vós Senhor sede bendito por me haverdes criado.”
Em sua vida Santa Clara iluminou seu século; após sua morte não cessa de atrair atrás de si inumeráveis seguidoras. As clarissas de todo o mundo caminham até Deus guiadas por sua luz. Vivem na Igreja segundo a forma de vida do Santo Evangelho que é o próprio Cristo. Em fraternidade e pobreza realizam na clausura esta vocação evangélica que não as afasta das relações com as pessoas, mas pela decisão de viver junto ao Senhor nasce uma liberdade profunda na qual estão incluídos homens e mulheres de todos os tempos e lugares. Diariamente as Irmãs Clarissas elevam a Deus orações, preces, intercessões e louvores; e completam o trabalho evangelizador dos Frades dedicando-se totalmente a humildade do trabalho de suas mãos e da oração. Enquanto os filhos de São Francisco em sua união com Cristo tem como claustro o mundo, as Clarissas encontram em seu Mosteiro o seu claustro como sinal de extrema pobreza, como sinal visível da sua permanente união com Cristo esposo.
“A escolha das irmãs de Santa Clara é uma realização profunda da verdadeira essência da Igreja que indica que essa vida é viver com o olhar fixo em Jesus, fazer-lhe sentir a própria voz que se une com a sua voz na meditação da Palavra divina e na oração da Igreja inspirada pelo Espírito Santo. É impetrar de Jesus a castidade, a obediência e a pobreza, é unir-se na penitência com o Senhor, vivendo não para si mesmo, mas em união com o Esposo pelo seu Corpo sofredor, pela ovelha desgarrada: a humanidade.”( Cardeal Joseph Ratzinger, 21 de Maio de 198

JLNEPO  

domingo, 20 de maio de 2012

Confiar sempre no Divino Pai Eterno


 Quando falamos em Divino Pai Eterno, não estamos falando de um santo, como muitos fiéis se enganam. Ele é o próprio Deus, Criador dos céus e da terra, parte da Trindade Santa.

A Palavra de Deus nos elucida sobre a confiança que devemos ter por Ele. “Nossos pais puseram a confiança em Vós, esperaram em Vós e os livrastes” (Salmo 21:5). É assim que Deus Pai faz a Aliança com Seu povo: pela promessa de uma vida eterna na terra prometida.

É necessário que confirmemos nossa confiança no Senhor, pois a segurança e o conforto de que precisamos só são encontrados quando nos deixamos guiar pelos ensinamentos d'Ele.

É papel dos pais orientar seus filhos nos primeiros passos do caminho de Deus, pois é impossível que eles façam as escolhas certas se nem ao menos têm conhecimento da Palavra de Deus.

A fé deve ser ensinada, ela deve ser aprendida, é dom de Deus, mas deve purificar nossa alma pelo ensinamento. E não devemos guardá-la para nós, devemos transmiti-la, ensinando principalmente para nossos queridos. É nossa obrigação ter esse zelo e jamais cair no comodismo.

Quem vai educar seu filho é você, quem vai fazer com que seu neto seja uma pessoa do bem é você e quem vai levar sua família para o céu também é você.

Nós que depositamos a nossa confiança em Deus jamais vamos morrer, não temeremos as secas, os desertos e as dificuldades impostas pela vida.

Quantas vezes não fomos alvos de calúnias, traições, decepções e julgamentos de pessoas que acreditávamos ser nossas amigas? Tudo isso é fruto da inveja, algo a que ninguém está imune, mas cabe a nós, filhos de Deus e seguidores da Sua Palavra, lidarmos com isso.

"A fé é o fundamento da nossa esperança",  padre Robson


Infeliz é o homem que ama o dinheiro, pois sua ruína está garantida
. Mas feliz é aquele que coloca seu tesouro no lugar certo, que confia na pessoa certa e coloca sua alegria no Senhor.

Mesmo que passemos por decepções na vida, sabemos onde encontrar alento para o espírito e segurança em meio à turbulência, pois nossa confiança está em Jesus Cristo.

A fé é o fundamento da nossa esperança, se eu espero é porque eu creio. Essa fé, que é uma luz concedida pelo Pai Eterno para brilhar dentro de nós, é sua missão. Mas não devemos nos enganar, pois ela é o instrumento para nossas boas obras, e sendo assim devemos torná-la fecunda ao anunciá-la a todos.

Devemos pedir a mesma fé que Abraão teve quando aceitou a ordem de Deus para sacrificar seu filho. E diante de todo desespero e angústia, Abraão foi capaz, enquanto caminhava até o monte, de dizer a seu filho, ao ser questionado sobre qual seria o sacrifício, “Deus proverá”.

Deus nos forja e trabalha nossa vida de acordo com o que tem reservado para nós. Cabe a nós fazer a escolha certa e aceitar de coração aberto tudo que Ele quer realizar em nossas vidas a partir de hoje.

É preciso que aceitemos nossa missão e aprendamos a viver pela misericórdia do Divino Pai Eterno. Hoje Deus nos chama para sermos fontes de luz na vida de outras pessoas. Feliz é você que crê no Senhor, porque todas as promessas de Deus serão cumpridas em sua vida!

Transcrição e adaptação: JLNEPO

domingo, 29 de abril de 2012

Eu sou o Bom Pastor


«Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas ovelhas»
news imagePor feliz iniciativa do Venerável Paulo VI, foi instituído neste 4º Domingo da Páscoa – Domingo do Bom Pastor – o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Toda a Vocação é um dom do Espírito Santo, que não podemos alcançar pelos nossos humildes esforços, mas pela oração perseverante.
Unamos, pois, a nossa oração à do santo Padre, implorando muitos e santos operários para a Messe do Senhor.
Jesus Cristo, único Bom Pastor
Com palavras eloquentes e desassombradas, S. Pedro, revestido da força do espírito santo, anuncia aos Hebreus reunidos junto do Cenáculo, na manhã do Pentecostes, Jesus Cristo como o Messias prometido, o único Salvador do mundo.
Jesus Cristo, único Salvador.
Pela Sua Paixão, Morte e Ressurreição, restitui-nos a vida da Graça – a participação na vida da Santíssima Trindade, guia-nos com a Sua Palavra nos caminhos da Salvação, alimenta-nos com os Sacramentos e fala intimamente connosco na oração.
Desejando continuar no mundo a Sua acção salvadora, escolheu homens a quem, desde os Apóstolos até à consumação dos séculos, administra o sacramento da Ordem, pedindo-lhes a sua visibilidade – a sua voz, mãos, olhar, coração – para continuar a acção salvadora.
Deste modo, Jesus Cristo continua a ser o único Bom Pastora da Igreja, multiplicando a Sua Presença e acção por meio dos sacerdotes.
Um problema urgente.
De novo ressoam dentro de nós as palavras do Divino Mestre: «A messe, de facto, é vasta, mas os operários são poucos. Rogai – pedi com insistência – ao Senhor da messe que envie operários para a Sua messe». (Mt 9, 38).
A messe, como sabemos, é o mundo dos homens. Reclama generosidade da nossa parte para os cuidados dela. Significativamente, o Senhor não fala de terreno de cultivo, mas de campos de trigo loiro ondulando ao vento. O terreno pode esperar algum adiamento; e cultivar-se à vez. A messe exige trabalho urgente, para que o grão de trigo não se perca, porque está ameaçado por dois riscos principais: cair ao chão, quando se adia a colheita; e ser comido pelas aves do céu.
O Senhor fala-nos em dar a este problema uma resposta urgente, para o déficit de operários seja rapidamente superado.
Aponta como resposta a oração de petição perseverante (rogate), para que o Senhor da messe envie operários: os chame e lhes dê a graça da generosidade na resposta.
Mas, na espiritualidade cristã, a oração é inseparável da acção, isto é, de fazermos humanamente tudo o que está ao nosso alcance para lhe dar uma solução. O contrário seria tentar a Deus.
Olhando à nossa volta, deparamos com uma descristianização – paganização – galopante. As pessoas andam como ovelhas sem pastor. Há uma tal agitação de ideias erradas, que as pessoas não sabem para onde se hão-de voltar. Além disso, a ignorância religiosa é clamorosa, na maior parte dos casos.
A agravar esta situação, está o problema de que, quanto menos cuidado está o rebanho, menos as pessoas se queixam. A fome leva à apatia do rebanho.
Deus nunca falta!
A nossa oração e acção não faria sentido sem a certeza – confiança plena – que nos dá a fé de que Jesus Cristo nunca abandonará a Sua Igreja: «Eis que estarei convosco todos os dias até ao fim do mundo.» (Mt 28, 20). E acrescenta: «ciente da actividade constante do Espírito Santo na Igreja, intimamente crê que nunca faltarão completamente à Igreja os ministros sagrados [...].» (JOÃO PAULO II, Ex. Apost. Pastores dabo vobis, n.º 1).
Portanto, «a primeira resposta que a Igreja dá consiste num acto de confiança total no Espírito Santo. Estamos profundamente convictos de que este abandono confiante não nos há-de decepcionar, se entretanto permanecermos fiéis à graça recebida.» (P. D. V. n.º 1).
Mas não basta confiar e cruzar os braços. «Por este motivo, a confiança total na incondicionada fidelidade de Deus à Sua promessa está ligada na Igreja à grave responsabilidade de colaborar com a acção de Deus que chama, de contribuir para criar e manter condições as condições nas quais a boa semente, semeada pelo Senhor, possa criar raízes e dar frutos abundantes.»(P. D. V. n.º 1). A Igreja nunca pode deixar de pedir ao Senhor da messe que mande operários para a Sua messe (cf. Mt 9, 38), de dirigir uma clara e corajosa proposta vocacional às novas gerações, de as ajudar a discernir a verdade do chamamento de Deus e corresponder-Lhe com generosidade, e de reservar cuidado particular à formação dos candidatos ao presbiterado.» (P. D. V. n.º 2).
Os Pastores do rebanho
Jesus Cristo é a porta do rebanho de deus. Ninguém pode ter acesso a ele sem entrar por esta «porta», ou seja, sem receber dele o Sacramento da Ordem e a missão apostólica.
O sacerdote é insubstituível.
A primeira tentação, diante deste panorama desolador, é a de se sentir incapaz de lhe dar uma resposta, de fechar os olhos e esperar que resolva o problema quem vier atrás; ou então esperar um acontecimento miraculoso que resolva este problema, sem imaginarmos como nem quando.
Os leigos precisam de assumir o seu papel na Igreja, de participantes da tríplice missão de Cristo: sacerdotal, profética e real.
Mas isto não resolverá o problema. Pensar deste modo pode ser uma forma de alienação. A nossa razão e a experiência pastoral diz-nos que quanto mais os leigos trabalham, mais deve trabalhar o sacerdote. Quando querem levar os amigos a reconciliar-se com Deus, quem os há-de acolher e perdoar-lhes os pecados? Quem há-de celebrar a Santíssima Eucaristia?
«Sem sacerdotes, de facto, a Igreja não poderia viver aquela fundamental obediência que está no próprio coração da sua consciência e da sua missão na história – a obediência à ordem de Jesus: «Ide, pois, ensinai todas as nações» (Mt 28, 19) e «Fazei isto em Minha memória» (Lc 22, 19; cf 1 Cor 11, 24), ou seja, a ordem de anunciar o Evangelho e de renovar todos os dias o sacrifício do Seu Corpo entregue e do Seu Sangue derramado pela vida do mundo.» (P. D. V. n.º 1).
O Senhor quis constituir de tal modo a Sua Igreja que nós somos «insubstituíveis». A nossa eficácia, porém, não depende só da quantidade, mas também da qualidade: muitos e santos sacerdotes.

Fonte:
Revista Celebração Litúrgica 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

COMUNGAR

COMUNGAR É GERAR VIDA


Comunhão é “participação em comum de crenças, interesses ou idéias”, como diz Aurélio Buarque de Holanda. Comungar também se refere ao ato de receber o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo. Comungar é Verbo e Comunhão, substantivo, mas são palavras sempre direcionadas a uma ou mais ações conjuntas.

O homem foi criado à imagem e semelhança da Trindade e este fato, o faz participar da comunhão de amor a Ela inerente. é impossível ser homem todo, por inteiro, sem partilhar tudo o que se é, toda a abundância de bênçãos e graças que Deus derramou em nossos corações. No entanto, resistimos....

Constantemente, caímos, inúmeras vezes, no engano de pensarmos que nossa vida tem um valor sem o outro. a palavra vida nos fala de movimento, cor, silêncio de escuta, contemplação, respiração, troca de olhar, enfim, nos remete ao outro sempre, sempre. simples de exemplificar, pois me encontro neste momento compartilhando com você idéias e até conceitos, que fluem do mais íntimo de mim mesma, eu! Mas, sem dúvida, as ouvi do coração de Deus e de outras pessoas, sobre elas conversei e, com elas concordei.

O nosso Deus todo-poderoso não concebeu sua obra prima para viver só. deu ao homem um sono profundo e dele criou sua companheira, a mulher. É forte a mensagem que o céu nos dá através da criação do ser humano. forte no sentido mais pleno desta palavra.!

“Desta vez , sim ! é osso dos meus ossos, e carne de minha carne” (Gen.2,23a)
Deus não deseja que o homem viva só!!

Quando este não é vocacionado ao matrimônio, também convive harmoniosamente com toda a natureza.

Ao nos criar deus nos presenteou com um meio ambiente perfeito, isto quanto ao que se refere ao exterior e físico. mas ele também nos deu gratuitamente uma variedade enorme de dons e talentos os quais são impossíveis de tomar sua verdadeira cor se não forem compartilhados , postos à serviço do outro. e o mais incrível é que não nos sentimos completos quando retemos, ou por algum outro motivo, não comungamos tudo o que somos e o que temos com aquele que também espera minha partilha para significar sua vida.
“ a multidão dos fiéis tinha um só coração e uma só alma” (at. 4, 32).

É um mistério! Um grandioso mistério de amor e realização plena!
Comungar a vida não é apenas dividí-la. seria muito pobre! comungar a vida é gerar nova vida através da partilha, da doação. esta mentalidade não é nova, ao contrário, ao vivenciá-la estamos atualizando em nossas vidas os ensinamentos bíblicos. passamos a inflamar nossos corações de amor à jesus cristo e aos nossos irmãos. retomamos nosso lugar na história, crescendo em maturidades humana e espiritual e por que não dizer em estatura e graça diante de Deus?

Tal comunhão passa também pelo compartilhar de nossos bens materiais. tudo o que temos em primeira e última análises, vem de deus. poderíamos explicar nossos ganhos como fruto do nosso trabalho. muito lícito , mas seja o nosso trabalho físico ou intelectual, tem como fonte algo doado por deus e, o produto deste labor também é um dom de Deus!

Nada é meu!!! tudo é nosso, pois tudo é de deus. somos seus filhos e seus herdeiros. o pai deseja que seus filhos usufruam jubilosos e em unidade seus bens. só assim, sob esta compreensão poderemos chamar deus de pai e o outro de meu irmão.

Comungar então é alegrar o coração de deus e uma maneira simples de expressar nossa gratidão por não vivermos sós, por termos irmãos .

“assim, a unidade entre os irmãos proclama a vinda de cristo e é fonte vigorosa de ação apostólica”. (*)
* Vaticano Ii. Mensagens, Discursos, Documentos. Ed Paulinas
jlnepo

segunda-feira, 5 de março de 2012

QUARESMA & PÁSCOA

Quaresma, a caminho da Páscoa

Não entenderíamos a Quaresma se não pensássemos na Páscoa. Fazemos um caminho para alcançar uma meta. Sem objetivo o nosso caminhar fica cansativo e é arriscado parar no meio, ou procurar atalhos e desvios mais atrativos. O acontecimento da Páscoa é o centro da fé cristã. Doutrinas e normas somente se entendem a partir da novidade da Páscoa de Jesus. A sua morte na cruz e a sua ressurreição foram o primeiro anúncio dos apóstolos após a chegada do Espírito Santo, no dia de Pentecostes. Eles tiveram a coragem de gritar ao mundo o que tinha acontecido. Alguns acreditaram e mudaram de vida porque descobriram um novo sentido para a existência deles. Outros, na liberdade da busca, continuaram por outros caminhos.
É justamente para nos ajudar sempre a entender e a acreditar de maneira nova e melhor na Páscoa de Jesus, com mais entusiasmo e alegria, que a Igreja nos convida a viver intensamente o tempo da Quaresma. Quarenta dias para “refazer” um caminho. Para nos deixar questionar novamente pelo evento pascal. Aliás esta é a prova se acreditamos ou não, de verdade, e não somos meros seguidores de um costume herdado, mas talvez nunca questionado, ou nunca escolhido com a seriedade que merece.
Começamos a Quaresma com o sinal das cinzas em nossas cabeças. Apesar de querermos esconder a verdade e nos deixarmos seduzir por muitas conversas e propagandas, estamos todos conscientes da nossa realidade mortal. As cinzas nos lembram a precariedade da vida. Não somos tão poderosos como pensamos ser e menos ainda imortais. Por mais que brilhe a nossa estrela, não brilhará para sempre. Contudo não é para ficar tristes e nem desesperados. Um comportamento assim seria a conseqüência lógica de quem não tem fé e não enxerga nada além do túmulo. Ao contrário, tomar consciência da nossa transitoriedade nos obriga e estimula a viver bem a vida dando-lhe um sentido profundo que nos faça, inclusive, ser felizes agora e sempre.
Como? No início da Quaresma nos são propostas três “obras” quaresmais: a esmola, o jejum e a oração. Tudo isso feito sem alarde para ser algo de gratuito; feito para agradar a Deus e não aos homens. Se chamarmos atenção, diz o evangelho, “já recebemos a nossa recompensa”: os aplausos e as manchetes dos homens!
A esmola nos obriga a avaliar os nossos relacionamentos  com os outros. Podemos usar das nossas capacidades e dos nossos recursos materiais e espirituais para construir fraternidade, como também para explorar, enganar, buscar somente o nosso lucro e interesse. Nesse caso fica claro que a “esmola” deve ser entendida como uma verdadeira generosidade, uma atenção aos irmãos pobres e sofredores. Sem esse olhar carinhoso e sem essa sensibilidade a nossa vida ficará presa em nós mesmos e em nosso egoísmo.
O jejum não tem nada ver com os regimes tão badalados. Ele diz a respeito de nós, da honestidade com a nossa pessoa. É renúncia mesmo; é escolha do que consideramos mais importante na nossa vida deixando de lado o que nos prende e condiciona, sufocando a nossa liberdade de fazer o bem. Para sermos livres precisamos poder escolher, mas não qualquer coisa e de qualquer jeito. Liberdade verdadeira é saber escolher o bem conscientemente e fadigosamente. Se não sabemos dar um basta a certas situações elas exigirão cada vez mais de nós, e ficaremos cada vez mais “dependentes” delas em lugar de ficarmos mais livres e felizes.
Por fim, a oração. Ela diz a respeito do nosso relacionamento com Deus. Afinal quem é Ele para nós? O que representa na nossa vida? Se tivermos medo dele, cumpriremos obrigações e faremos esforços para agradá-lo e conseguir favores. Um Deus “inimigo”, imprevisível e caprichoso, que compete com o homem, não é o Deus de Jesus Cristo. Ao contrario é o Deus-amor que prefere morrer a matar os seus perseguidores. Um Deus que não se defende, porque se entrega até o fim. A oração nos pede mais que palavras, mais que louvores cantados ou gritados, nos pede o silêncio da interiorização, o silêncio do quarto – também da igreja e da liturgia - onde nos colocamos com a nossa pobreza na frente daquele que é o Senhor da vida, porque, com a sua Páscoa venceu, uma vez por todas, a morte.

Dom Pedro José Conti

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Aprenda com Jesus

Imagem de Destaque

Quer fazer bem todas as coisas?

Aprenda com Jesus a não deixar nada pela metade

"Ele tem feito bem todas as coisas" (Mc 7,37). Com essa frase do Evangelho de São Marcos, podemos ver um traço da personalidade de Jesus. Era um homem maduro em todos os sentidos. A maturidade é sinônimo de eficiência, eficácia e simplicidade. Em suma, maturidade é sinônimo de santidade!
Afetivamente: maduro! Psicologicamente: maduro! Politicamente: maduro! Espiritualmente: maduro! Jesus Cristo era tão maduro que, no derradeiro dia, prestes a entregar-se nas mãos do Pai Celeste, afirmou: “Tudo está consumado!” (Jo 19,30). Que êxito! Os seus 33 anos bem vividos. Não faltava nada! Tudo foi "bem" feito. Não deixou as coisas "pela metade". Não precisou de um dia a mais. Nem mesmo um minuto além do que Lhe foi dado. Tudo consumado! Bem diferente de algumas pessoas que chegam ao final da vida com “tudo consumido”. Que incrível diferença faz uma única letra: consumado, consumido. Que alegria seria se muitos dos nossos políticos pudessem ter um fim de mandato semelhante ao de Cristo. Que honra seria saber que muitos padres, pais, médicos, professores, profissionais das mais variadas áreas, encerraram a carreira com tudo “consumado” e não “consumido”!
A maturidade de Cristo se dá não apenas por talento pessoal ou predisposição genética. É verdade que Seus pais: Maria e José, eram justos; isto é, cumpriam fielmente o que lhes era recomendado pela lei religiosa. Mas acima de tudo, Jesus aprendeu isso de Seu Pai Celeste. No início da Bíblia, vemos que Deus criou o mundo e viu que tudo era bom (cf. Gn 1,10). Ou seja, a obra do Todo-poderoso é boa! É bem feita! É perfeita!

Que necessidade temos de aprender essa qualidade de Jesus! Quantas vezes deixamos as coisas por fazer, ou fazemos as coisas de qualquer jeito. Neste mundo escravo do tempo e intoxicado por múltiplas tarefas, descobrimos homens e mulheres apressados, estressados e doentes porque não conseguem cumprir uma agenda, atender todas as solicitações e corresponder a todas as expectativas.
Talvez o grande problema seja nossa extrema capacidade de complicar as coisas que são tão simples. Conseguimos tempo para tudo o que é secundário e deixamos de lado o que é essencial. A escala de valores foi perdendo sua textura natural e acabamos por colocar em primeiro lugar itens que não garantem um final feliz. A vida se torna pesada demais quando colocamos mais peso no telhado e nos esquecemos de fortalecer o alicerce da própria casa. Que o digam os engenheiros encarregados de justificar os desabamentos, causadores de muitas mortes, que vimos nos noticiários nacionais ultimamente.
A estrutura humana ideal é aquela que se assemelha à do Nazareno. Vivia com simplicidade. Valorizava os relacionamentos e dava chance até mesmo àqueles que potencialmente poderiam feri-Lo (Judas). Não se deixou prender pela mágoa, perdoava sempre (“Perdoai-os, eles não sabem o que fazem” – Lc 23,34). Não era preso à própria opinião, sabia submeter-se (“Que se faça a tua vontade, o Pai; e não a minha!” – Lc 22,41).
Era íntegro o bastante para não se afligir com a opinião alheia, acolhia pecadores e excluídos. A todos tinha uma palavra pacífica e orientadora (“Bem-aventurados os mansos!” – Mt 5,5 ). Amadureceu sem se desviar do motivo da própria existência. Aliás, tinha um sentido claro da própria vida (“Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância!” – Jo 10,10).
JLNEPO

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

                                          Reconciliai-vos com Deus  
                                                                   (2cor 5,20


“Quem confessa os próprios pecados já está agindo em harmonia com Deus, Deus acusa teus pecados; se tu também os acusas, tu te associas a Deus. O homem e o pecador são, por assim dizer, duas realidades: quando ouves Falar do homem,  foi Deus que o fez; quando ouves falar do pecador , é o Próprio homem que o fez.  Destrói  o que fizeste para que Deus salve o que Ele fez... Quando começas a detestar o que fizestes, é então que tuas boas Começam,  porque acusas tuas más obras. A Confissão das más obras é o Começo das  boas obras. Contribuis  para a verdade e consegue chegar a luz”
(Santo Agostinho)
 Quando buscamos o perdão e a reconciliação com Deus  através  de uma Confissão   somos transformados e curados das doenças espirituais, emocionais, Afetivas e físicas.  Na Confissão somos perdoados de todos os  nossos pecados Através das mãos ungidas  e consagradas de um sacerdote,  como nos mostra A Palavra de Deus:
  “Eu te darei as chaves do reino dos céus, tudo o que ligares na terra será  ligado
Nos céus “  (Mt 16,19)

                                     Alguns itens para uma maior reflexão

 1º) Que imagem tenho de mim mesmo? Positiva ou Negativa?
2º)Eu gusto de mim mesmo?
3º)que imagem os outros tem de mim?
4º)Com quem me identifico mais: meu Pai ou minha Mãe? Porque?
5º)Como infrento a solidão em minha vida?
6º)Durante a semana, em quais momentos fico mais pertubado ou perco
O controle de mim mesmo? Por que?
7º)Como infrento a aridez em minha vida spiritual?
8º)Atualmente enfrento dificuldades para rezar? Por que?
9º)Qual a maior experiência que tive com Deus? Como foi?
10º)Como vão as minhas amizades? Tenho amigos?
11º)Como está minha vida  emocional?
       Ela tem equilibrio? Entreguei  meu temperamento, meu caráter
      E minhas emoções a Jesus? Conheço-me realmente como  sou?
12º)Oque em mim precisa mais de cura?

A Confissão
A C onfissão é um Sacramento que nos conduz á adoração.
É uma experiencia de oração e de adoração
JLNEPO.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Amar o próximo como a si mesmo

O mandamento maior. Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam. Parábola dos credores e dos devedores

1. Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - "Mestre, qual o mandamento maior da lei?" - Jesus respondeu: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
2. Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Idem, cap. VII, v. 12.)
Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (S. LUCAS, cap. VI, v. 31.)
3. O reino dos céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servidores. - Tendo começado a fazê-lo, apresentaram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. - Mas, como não tinha meios de os pagar, mandou seu senhor que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que lhe pertencesse, para pagamento da dívida. -O servidor, lançando-se-lhe aos pés, o conjurava, dizendo: "Senhor, tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo." - Então, o senhor, tocado de compaixão, deixou-o ir e lhe perdoou a dívida. - Esse servidor, porém, ao sair, encontrando um de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros, o segurou pela goela e, quase a estrangulá-lo, dizia: "Paga o que me deves." - O companheiro, lançando-se aos pés, o conjurava, dizendo: "Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo." - Mas o outro não quis escutá-lo; foi-se e o mandou prender, par tê-lo preso até pagar o que lhe devia.
Os outros servidores, seus companheiros, vendo o que se passava, foram, extremamente aflitos, e informaram o senhor de tudo o que acontecera. - Então, o senhor, tendo mandado vir à sua presença aquele servidor, lhe disse: "Mau servo, eu te havia perdoado tudo o que me devias, porque mo pediste. - Não estavas desde então no dever de também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?" E o senhor, tomado de cólera, o entregou aos verdugos, para que o tivessem, até que ele pagasse tudo o que devia.
É assim que meu Pai, que está no céu, vos tratará, se não perdoardes, do fundo do coração, as faltas que vossos irmãos houverem cometido contra cada um de vós. (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 23 a 35.)
4. "Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.

JLNEPO